sábado, 20 de junho de 2009

BENEFÍCIOS DA ALIANÇA ENTRE FÉ E COMUNHÃO


1. Firmeza de Propósitos –
Uma fé autêntica
em Jesus leva-nos a uma comunhão nítida, produzindo
na vida da comunidade firmeza em seus propósitos. Paulo
deseja esta fé e comunhão para a igreja de Filipos. Ele
fundamenta seu ensino tanto em sua própria luta, como
também na luta dos próprios filipenses, revelando uma
das principais estratégias de sobrevivência da igreja,
consubstanciada na seguinte frase: “... que estais firmes
em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos
pela fé evangélica.”(1:27b).
É a mesma firmeza de propósitos que se vê na atitude
de Pedro e João perante o Sinédrio, sendo argüidos por
pregarem a Cristo, eles não se intimidam e deixam o
concílio admirado “ao verem a intrepidez de Pedro e João,
sabendo que eram homens iletrados e incultos” (At 4:13).
Por trás desta atitude (At 4:19-20), existe uma igreja
desenvolvendo uma vida de fé e comunhão (At 4:23-24),
dando assim, respaldo e levando seus membros a
enfrentarem situações adversas com firmeza de propósitos.
Notemos que, todas as vezes em que a fé e a
comunhão estiveram debilitadas, a comunidade cristã
também, conseqüentemente, perdeu o seu rumo. A igreja
de Corinto é um exemplo disso na história cristã. Ali, a fé
estava ameaçada pelos desvios doutrinários, e como
conseqüência, a comunhão veio a perecer (1 Co 1:10-
17). É sempre assim, por não ter uma vida de fé e
comunhão, não há firmeza de propósitos.
Por não ter ma condição
firmeza, a comunidade passa a ser passiva, influenciável,
sem objetivos. Fé e comunhão são indispensáveis à
manutenção da igreja neste mundo.

2. Ousadia nos Desafios
– Você já observou
como ficamos amedrontados quando estamos sozinhos
numa situação adversa? Lutar sozinho é uma coisa,
lutarmos “juntos” é outra situação. No texto de Atos 4:29,
após a soltura de Pedro e João, lemos que a igreja
continuou em oração. Não era uma oração fruto da
circunstância apenas. Era uma oração motivada pela
própria fé e conseqüente comunhão que a nascente igreja
já desenvolvia. Era uma oração, sobretudo, destemida:
“agora, Senhor, olha para suas ameaças e concede aos
teus servos que anunciem com intrepidez a tua palavra”.
É por isso que Pedro e João tornaram-se tão valiosos e
poderosos instrumentos nas mãos de Deus. Mais tarde,
Atos 9:31 vem nos informar que, devido a esta intrepidez
gestada num ambiente comunitário, a igreja “...tinha paz
por toda a Judéia,... e no conforto do Espírito Santo, crescia
em número...”.
A aliança entre a fé e a comunhão produziram um
“pano de fundo” para o avanço missionário da igreja. A
ousadia estava calcada não nos valores individuais e sim
nos valores da coletividade. Paulo ensina em Filipenses
1:28, que os adversários não devem nos intimidar, pois
não lutamos sozinhos.

3. Capacitação nos Sofrimentos
– Finalmente,
devemos sempre lembrar que o Evangelho,
invariavelmente, sofrerá oposição. Na luta contra os
adversários, poderemos sofrer, tanto individual quanto
coletivamente. Para Paulo isso é graça: “Porque vos foi
concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não
somente crerdes nele” (Fp 1:19).
Fé e comunhão não são só privilégios. Por vezes,
são também sofrimentos. Contudo, para Paulo, até os
sofrimentos por Cristo se constituem em privilégios. Não
recebemos apenas a graça da salvação, mas também a
graça de sofremos por Jesus. Eis o desafio da fé cristã.
Precisamos entender que fé e comunhão também
se revelam nos sofrimentos. Quando há comunhão e
alguém entre nós está sofrendo, todos sofrem com ele (1
Co 12:26). Isso é de suma importância na sustentação e
restauração de nossas vidas como servos de Deus.
Rev. Aubério da Silva Brito
Organizada em 26 de Dezembro de 1928
Hoje o individualismo está na ordem do dia. O
ditado popular que diz: “Cada um por si...”, tem sido a
tônica na vida de muitos. Chegamos a encontrar alguem
que diz: “posso desenvolver minha fé sozinho aqui mesmo
em casa. Não preciso da igreja, da companhia dos
irmãos”. Será mesmo isso algo possível? É possível viver
a fé de uma forma isolada?
Ao folhearmos as páginas das Escrituras
percebemos que isto é muito difícil. A fé é contagiante.
Ter fé é viver um relacionamento contínuo com Deus e
com as pessoas. A fé quebra as barreiras do isolamento,
unindo-nos, cada vez mais, uns aos outros. Na fé “não
pode haver grego nem judeu, circuncisão nem
incircuncisão, nem bárbaro, cita, escravo, livre; porém
Cristo é tudo e em todos” (Cl 3:11).
À luz de Filipenses 1:27-30, somos ensinados pelo
apóstolo Paulo que a Fé e a Comunhão são verdadeiras
aliadas, e produzem ricos benefícios para a igreja.

Nenhum comentário: