segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MORRE LENTAMENTE





Morre lentamente
Quem não viaja
Quem não lê
Quem não ouve música
Quem destrói o seu amor próprio
Não se deixa ajudar...
Morre lentamente
Quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
Não arrisca vestir uma cor nova,
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem evita uma paixão,
Quem prefere o “preto no branco” e os “pingos nos is” a um
turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e
soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente
Quem não vira a mesa
Quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
Quem passa os dias queixando-se da má sorte
ou da chuva incessante,
Desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
Não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito
Maior do que o simples ato de respirar...
Estejamos vivos, então!

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