segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Uma nova roupagem para a fábula do beija-flor!



Conta-se uma história de um grande incêndio na floresta. Muitos animais fugiam. Cada um preocupado com sua própria vida. Por mais que os macacos gostasse de ficar cada um em seu galho, nesse momento queria ficar bem longe, macaco faz ‘macaquice’ mais não é louco. Só um animal doido da cabeça ficaria por lá, de fato, a vaca louca ficou por achar ser fogo. As galinhas não queria ser ‘galinha assada’, queria ser achada bem longe dali... lembrava de uma de suas visitas a cidade grande quando pela primeira vez viu a televisão. Por mais que os cachorros achassem o filme maravilhoso, ela achava assustador e inclusive, muitos dias ficou sem dormir com aquelas imagens chocantes rodando e rodando. A galinha gritava:

- Popó!!! (Cada um por si e Deus por todos)

Todos corriam em disparada. Quer dizer, nem todos. O beija-flor ficou. Esse pássaro, amante da natureza, não queria ver aquele lugar onde muito foi feliz extinto. E correu em direção ao riacho (Eu sei que pássaro não corre, voa) colocou a maior quantidade de água que seu bico poderia carregar e voltou à ‘floresta sitiada’ disparou um jato d’água em direção ao fogo. A quantidade de água em mililitros não sei ao certo. O certo que evaporou antes mesmo de chegar no fogo. O beija-flor sabia que o sábia sabia assobia, mas há essa hora estava longe, não poderia ajudar. Voltou ao riacho as pressas e as rejas retornava ao fogo. Prosseguiu muitas vezes esse ritual. Ida ao riacho, volta ao incêndio. Volta ao riacho, ida ao incêndio. Nesse momento (creio eu) deve ter vindo em flash-back memórias de dias felizes. Dias, voando sobre o campo de rosas silvestre, ocasiões que parava no ar horas e horas (hora de beija-flor é diferente da nossa) para aprecia-las.
- E naquele dia Beija-flor que você “mergulhava” no ar para chamar atenção das fêmeas!

- Nem fala.

Mas o beija-flor tinha uma missão. Não recebeu de ninguém. O chamamento vinha de dentro. Ele sabia que era responsável pela floresta. Dela recebeu tanta alegria, era sua vez de retribuir. Em seus olhos derramava lágrimas. Lágrimas de tristezas (O beija-flor tem coração, pequeno mais tem. Embora beija flor , mas amava toda a floresta).

- Que coisa terrível estava acontecendo!

Foram os ‘bicho-gente’ que botaram o fogo na mata, isso tudo por seus idéias capitalistas. Mas o beija-flor (a parti de agora chamado de beija) tinha um ideal maior. Por acreditar fielmente nisso não parava um segundo. Da água ao incêndio e vice-versa.

Claro que nessa ‘altura do campeonato’ sua atitude chamou atenção da bicharada. Esses que corriam pararão e propuseram à observa-lo. Os comentários surgiram.

Uns críticos:

- Que ridículo. Só está querendo aparecer.

Outros:

- Porque ele não desiste? Não está vendo que nunca apagará o fogo.

Alguns admirava:

- Um dia quero ser igual o beija-flor.

Não foram essas palavras que o fizeram parar. Para falar a verdade, beija nem ouviu esses comentários. Tinha um fogo para apagar. Não poderia perder tempo. Beija a água e cuspia no fogo. Beija a esperança. Beija a vida. Beija-me.

Não se pode perder tempo com debates e nem de provar a necessidade de se apagar o fogo. Ele estava lá. Não precisava fazer muita força para vê-lo. Mas os animais como virão que o beija-flor não prestava atenção em suas papagaiadas, começaram a discutir entre si.

- Devemos ou não ajudar o beija-flor?

Nesse instante surgiu diversos partidos. Tinha de tudo. Os mais importantes eram: Os que acreditavam que a chuva cedo ou mais tarde cairia; Aqueles outros que dizia “Tem coisas mais importantes do que isso, por exemplo, salvar nossas peles” e por ultimo, os que crêem poder apagar o fogo (O problema é como? Assim dentro desse grupo surgiu vários subgrupos).

As vezes as coisas são tão simples, como os animais gostava de complicar. O fogo disseminava. Beija-flor trabalhava intensamente. Os animais discutiam. E as horas? Elas passavam (lembra, hora de bicho é diferente de gente). Até que ouve uma queda nessa rotina na mata. O beija-flor não voltou. Mas o fogo continuou e a discussão prosseguiu. E isso continua até os nossos dias de hoje.

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