terça-feira, 19 de agosto de 2008

A parábola da árvore dos desejos (Osho)





A parábola da árvore dos desejos

Uma vez um homem estava viajando e, entrou acidentalmente no paraíso. No conceito indiano de paraíso, há árvores que realizam desejos, as Kalpatarus. Basta sentar-se debaixo delas, desejar alguma coisa, e imediatamente seu desejo é realizado – não há qualquer intervalo entre o desejo e a realização. Você pensa e imediatamente ele se torna em algo concreto: o pensamento se realiza automaticamente. Essas Kalpatarus nada mais são que uma simbologia para a mente. A mente é criativa, criativa com seus pensamentos.

O homem estava cansado, assim ele adormeceu debaixo de uma árvore dos desejos. Quando ele acordou, estava se sentido muito faminto, então disse, “Gostaria de conseguir comida em algum lugar”. E imediatamente a comida apareceu do nada – flutuando à sua frente, uma comida deliciosa. Ele começou a comer e, quando estava se sentindo satisfeito, outro pensamento surgiu nele: “Se pudesse conseguir algo para beber...” E nada é proibido no paraíso, então imediatamente, um precioso vinho apareceu.

Bebendo vinho, relaxando na brisa fresca do paraíso na sombra da árvore, ele começou a imaginar: “O que está acontecendo? Fui parar dentro de um sonho ou há fantasmas aqui me pregando peças?” Então apareceram fantasmas! eram ferozes, terríveis, nauseantes. Ele começou a tremer, e pensou: “Agora estou certo de que vou morrer. Esses fantasmas vão me matar”. E ele foi morto.

Essa parábola é muito antiga, de imenso significado. Sua mente é uma árvore dos desejos; o que você imaginar será realizado mais cedo ou mais tarde. Às vezes a demora é tão longa que você já esqueceu completamente que havia desejado algo tempos atrás. Algumas vezes a demora é de alguns anos, ou de algumas vidas, então você não consegue perceber a fonte. No entanto, se você olhar bem fundo, irá descobrir que seus desejos estão criando você e sua vida. Eles criam seu inferno, criam ser paraíso. Criam sua miséria, criam sua felicidade. Criam o negativo e o positivo. Todos vocês são mágicos, girando e tecendo num mundo mágico em volta de si mesmos, e depois ficando presos nisso – a aranha presa na própria teia.

Uma vez que isso tenha sido compreendido, as coisas começam a mudar. Então você pode brincar: você pode transformar seu inferno num paraíso, é apenas uma questão de desenhá-lo a partir de uma visão diferente. Ou se você estiver realmente apaixonado pela infelicidade, pode criar mais e mais, até que seu coração fique cheio dela. Mas assim, você nunca irá se queixar, porque sabe que é sua própria criação, é sua pintura, você não pode fazer com que ninguém se sinta responsável por isso. Então toda a responsabilidade é sua.

Surge então uma nova possibilidade: você pode deixar de criar o mundo, pode parar com isso. Não é necessário criar o paraíso e o inferno, não há necessidade alguma de criar. Aquele que cria pode ir relaxar, repousar. Esse repouso da mente é a meditação. Outras Mensagens :: Acorda Menina

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